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“Primaveras Estudantis: da crise de 1962 ao 25 de Abril” patente em Coimbra até abril

A inauguração em Coimbra da exposição “Primaveras Estudantis: da crise de 1962 ao 25 de Abril”, que revisita a cronologia deste movimento de oposição à ditadura do Estado Novo e o seu papel na construção da democracia, teve lugar este sábado, dia 10.

Esta iniciativa da Estrutura de Missão para as Comemorações do Quinquagésimo Aniversário da Revolução de 25 de Abril de 1974 em parceria com o Município de Coimbra está patente no Convento São Francisco até 25 de abril de 2023, e tem entrada livre.

Foto: Cláudia Teixeira | Comissão Comemorativa 50 Anos 25 Abril

A inauguração contou com a presença do ministro da Cultura, Pedro Adão e Silva, da Comissária Executiva da Comissão Comemorativa 50 anos 25 de Abril, Maria Inácia Rezola, do presidente da Câmara Municipal de Coimbra, José Manuel Silva, e do comissário da exposição, Álvaro Garrido. Marcaram ainda presença alguns protagonistas das lutas académicas que a exposição acompanha, como Alberto Martins, que em 1969 era presidente da Associação Académica de Coimbra.

“Coimbra participou com intensidade nos movimentos estudantis e deu um forte contributo para a liberdade e democracia. Ao recordarmos a história, recordamo-nos de que no futuro vamos precisar de lutar diariamente para uma sociedade que queremos que seja mais justa e mais solidária.”. José Manuel Silva, Presidente da Câmara Municipal de Coimbra

“O golpe militar foi o momento decisivo, em que tudo mudou, mas o processo que criou as condições objetivas e subjetivas para o fim da ditadura foi um processo longo. A lógica das comemorações é dar conta da complexidade desse processo do processo. Temos de saber usar os 50 anos do 25 de Abril para olhar para o passado, mas temos a responsabilidade de projetar no futuro a nossa democracia e pensar nos próximos anos a democracia portuguesa.”. Pedro Adão e Silva, ministro da Cultura

“A frase de Jorge Sampaio “O 25 de Abril também começou a 24 de março de 1962” foi o mote para esta exposição, que é muito sintética, didática e de fácil legibilidade.”. Álvaro Garrido, comissário da exposição

 


A exposição inclui documentos com elevado valor histórico, alguns dos quais inéditos, recolhidos em coleções privadas e arquivos pessoais. Os acontecimentos são recordados através de filmes, entrevistas, textos, fotografias e autocolantes. Criou-se também um mural de homenagem aos estudantes presos e expulsos do país durante a ditadura. O design expositivo é do cenógrafo e museógrafo António Viana.

#50anos25abril